Lydia Del Picchia
Mineira de Belo Horizonte, Lydia é atriz, bailarina, cantora, coreógrafa e diretora. Nascida em uma família de artistas, seus pais são músicos, estudou na Fundação das Artes de São Caetano do Sul desde os seis anos de idade. É formada pelo extinto Trans-Forma Centro de Dança Contemporânea, ponto de experiências culturais e interdisciplinares, fundado e dirigido por sua tia Marilene Martins, nos anos 70, em BH.
Aos quatorze anos, assessora Marilene e, logo a seguir, torna-se professora e integrante do Trans-Forma Grupo de Dança. Ao longo de 10 anos, exerce funções de bailarina, professora, assistente artística e coreógrafa. Entre outros, trabalhou com: Dudude Herrmann, Graciela Figueroa, Klauss Vianna, Freddy Romero, Angel Vianna, Rolf Gelewsky, Bettina Belomo, Sônia Mota, José Adolfo Moura, Rufo Herrera, Eid Ribeiro, Carlos Rocha e Paulo Cesar Bicalho. Em 1980 estuda no Alvin Aylei American Dance Center, e em 1989 na Jose Limón escola de dança, em Nova York. Em 1985 começa a dar aulas na Escola de Dança do Palácio das Artes e em seguida na Cia de Dança de Minas Gerais, onde atua também como assistente artística, professora e bailarina, trabalhando com Tíndaro Silvano, Luis Arrieta, Rodrigo Pederneiras, Oscar Arraiz, Antônio Carlos Cardoso e Carmen Paternostro. Participou ainda do Grupo de Dança 1º Ato, cuja proposta, semelhante àquela do Trans-Forma, explora a fusão entre música, teatro e dança, ali permanecendo por três anos como bailarina, professora e assistente artística.
Atriz do Grupo Galpão desde 1994 atua em todos os espetáculos do repertório, tendo trabalhado com Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Jurij Alschitz, Márcio Abreu, Babaya, Fernando Muzzi, Ernani Maletta, Luiz Rocha e Francesca Della Monica. Indicada como melhor atriz coadjuvante pelos espetáculos “Partido” (Sated — 1999), “Pequenos Milagres” (Sinparc e Sated — 2008) e “Nós” (APTR RJ — 2016), recebeu o prêmio de Melhor Atriz por “Eclipse” (Prêmio Usiminas — Sinparc 2011) e “Outros” (Prêmio Copasa — Sinparc 2019).
Dirigiu os espetáculos “In Memoriam” (2004), “Papo de Anjo” (2005) e “Ensaio de mentira” (2013), no Galpão Cine Horto, “Horas Possíveis” (2012) do Grupo Camaleão de Dança, “De Tempo Somos” (2014) do Grupo Galpão, “Estranha Civilização” (2016) com Cristiano Peixoto, e as cenas “Projeto Poema” e "Um Método para Atravessar", com Luiz Rocha e “A Queda”, com Jimena Castiglioni (2019) . Foi diretora assistente em “A Vida é Sonho” (2003) no Galpão Cine Horto, “Um homem é um Homem” (Paulo José, 2004), “Os Gigantes da Montanha” (Gabriel Vilella, 2013), “Outros” (Márcio Abreu, 2018) do Grupo Galpão e “Auto da Compadecida” (Gabriel Vilella, 2019) do Grupo Maria Cutia.
É Coordenadora Pedagógica do Galpão Cine Horto desde 2004.