Teuda Bara
Nasceu em Belo Horizonte, em 1941. Filha do major do corpo de bombeiros, Augusto Mário França Fernandes, que criara toda a família tocando trombone de vara, e de Helena Magalhães Fernandes, enfermeira, cantora e parodista, ela nunca frequentou nenhum curso de formação teatral.
Aos 30 anos, Teuda estudava Ciências Sociais, na Universidade Federal de Minas Gerais, onde fazia teatro-jornal, junto ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. No terceiro ano, abandonou o curso e iniciou seu trabalho com o diretor Eid Ribeiro. Depois de fundar o grupo “Fulias Bananas” e de assistir à apresentação belo-horizontina de “Ensaio Geral do Carnaval do Povo”, seguiu para São Paulo para trabalhar com o diretor José Celso Martinez Corrêa. Um ano depois, retornou a Belo Horizonte se inscrevendo, no início de 1981, naquilo que seria o berço em que se formaria o Galpão: a oficina de teatro dirigida por dois membros do Teatro Livre de Munique, George Froscher e Kurt Bildstein.
Atriz e fundadora do Grupo Galpão, Teuda Bara, atuou na maior parte dos espetáculos do grupo. No início dos anos 2000 viveu entre o Montreal e Las Vegas para, a convite do renomado diretor Robert Lepage, participar do espetáculo “K.Á.”, do Cirque Du Soleil. De volta ao Brasil em 2007, retomou sua carreira pelos palcos e ruas brasileiros, ao lado do Galpão. Estreou, em 2015, a peça “Doida”, produção independente que ela própria encabeçou, e na qual divide a cena com seu filho caçula Admar Fernandes. No cinema, atuou em filmes como “O Palhaço”, de Selton Mello, “La Playa D.C” (produção franco-colombiana) de Juan Andrés Arango e “As Duas Irenes”, de Fábio Meira (representante brasileiro no Festival de Berlim em 2017) e fez parte do elenco de “Órfãs da Rainha” de Elza Cataldo. Pelo curta “Ângela” (2019) da cineasta mineira Marília Nogueira, foi premiada no Festival de Brasília com o troféu Candango de Melhor Atriz.
Em 2019, Teuda estreou o solo “LUTA”, de caráter biográfico. realizou a convite do Sesc São Paulo o espetáculo virtual “Queria Teatro” (2020, segunda parceria com seu filho Admar Fernandes) e integrou o elenco do longa “O lodo”, de Helvécio Ratton. Em 2023, participou do filme "As Órfãs da Rainha" com direção de Elza Cataldo. Recentemente, foi lançado o curta-metragem "Ressaca", com direção de Pedro Estada, estrelado por Teuda Bara e baseado no livro "Teuda Bara: Comunista demais pra ser chacrete".
Na televisão destacam-se suas participações na novela “Meu Pedacinho de Chão”, de Luiz Fernando Carvalho e na série “A Vila”, com Paulo Gustavo.