Grupo Galpão
O Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro, cuja origem está ligada à tradição do teatro popular e de rua. Criado em 1982, o grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.
Sediado na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), é um dos grupos brasileiros que mais viaja, não só pelo país como também pelo exterior, já tendo percorrido o território brasileiro de norte a sul e participado de vários festivais em países da América Latina, América do Norte e Europa.
Formado por 12 atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes, Jurij Alschitz e Marcio Abreu, além dos próprios componentes – Eduardo Moreira, Chico Pelúcio, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones —, que também já dirigiram espetáculos do grupo, o Galpão forjou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e de palco, o universal e o regional brasileiro.
Sem fórmulas e sem métodos definidos, o Galpão sempre pautou sua prática por um teatro de grupo, que não só monta espetáculos, mas que se propõe também a uma permanente reflexão sobre a ética do ator e do teatro, inserido em um amplo universo social e cultural.
Espetáculos
26
Festivais Internacionais
68
Países
19
Festivais Nacionais
+173
Apresentações
+4000
Prêmios Brasileiros
+100
Cidades
+280
Espectadores
+2.000.000
Equipe
- Fernando Lara
- Gerente Executivo
- Gilma Oliveira
- Coordenadora de Produção
- Wanilda D’Artagnan
- Coordenadora Administrativa
- Alba Martinez
- Coordenadora de Planejamento
- Letícia Leiva
- Coordenadora de Comunicação
- Rodrigo Marçal
- Coordenador Técnico e Técnico de Luz
- Beatriz Radicchi
- Produtora Executiva
- Fábio Santos
- Técnico de Som
- William Bililiu
- Técnico de Luz e Som
- Cláudio Augusto
- Supervisor administrativo
- Juno Carreño
- Assistente de Planejamento
- Fernanda Lara
- Assistente de Comunicação
- Caroline Martins
- Assistente Administrativo
- Zazá Cypriano
- Assistente de Produção
- William Teles
- Assistente Técnico
- Danielle Rodrigues
- Serviços Gerais
- Polliane Eliziário – Personal Press
- Assessoria de Imprensa
- Rizoma Comunicação & Arte
- Comunicação digital
- Wellington Dartagnan
- Assessor Contábil
- Artmanagers
- Gestor Financeiro de Projetos
História
1982
FORMAÇÃO DO GRUPO
Teuda Bara, Eduardo Moreira, Wanda Fernandes e Antonio Edson se encontraram nas oficinas de teatro dos alemães Kurt Bildstein e George Froscher, do Teatro Livre de Munique.
1982 - 1988
Os Anos Heróicos
Esse foi um período de intenso trabalho e poucos recursos, o Grupo estava frequentemente vulnerável, mas continuou se apresentando e vivendo do teatro.
1989
A PRÓPRIA SEDE DO GRUPO
Após retornarem de uma longa excursão na Itália, onde conheceram Grotowski e Peter Brook, o Grupo decidiu criar estruturas mais sólidas e permanentes, organizando arquivos e documentos e estabelecendo-se em sua própria sede.
1990 - 1996
O RECONHECIMENTO
A história do Grupo Galpão até então, como os próprios atores a definiram, "foi um processo lento, de pequenos passos, cujos frutos maduros só puderam ser colhidos após um longo processo de semeadura e irrigação."
1996 - 1999
A EXPANSÃO
Após dois anos viajando pelo Brasil, Europa e países da América Latina com "Romeu e Julieta" e "A Rua da Amargura", o Galpão decidiu montar um novo espetáculo que mesclasse teatro, circo e música. Eles escolheram Molière devido ao seu caráter popular, bem como sua crítica impiedosa à hipocrisia da sociedade contemporânea.
2000 - 2008
A CONSOLIDAÇÃO DE UM GRUPO HETEROGÊNEO E MÚLTIPLO
No início do século, o Galpão começou o ano com um convite para se apresentar no "Shakespeare’s Globe Theatre" em Londres. "Romeu e Julieta" seria o primeiro espetáculo brasileiro naquele palco por uma temporada de duas semanas.
2009 - 2014
O SUCESSO DE UMA EXPERIÊNCIA DE 30 ANOS
Após a tentativa frustrada de montar a ópera "Il pagliacci", de Rugero Leoncavallo, dirigida pelo suíço Daniele Finzi Pasca, o Galpão decidiu fazer seu próprio espetáculo com direção própria. Assim começou uma série de oficinas, nas quais os membros do grupo dirigiam seus colegas em cenas baseadas nos textos que os atores haviam escolhido.
2014 - 2016
REPENSANDO CAMINHOS
Após outra peça de grandes dimensões, como "Os Gigantes da Montanha", que reuniu quase 50 mil espectadores em suas seis apresentações nas praças de Belo Horizonte, o Galpão começou a repensar seus caminhos. Uma possibilidade alternativa era ocupar espaços não convencionais, com uma estrutura simples e suave.
2016 - 2020
A MULTIPLICIDADE DE CAMINHOS QUE DIALOGAM
O Galpão reforça sua parceria com o diretor Marcio Abreu com a montagem do espetáculo “Outros”, um desdobramento de “Nós” em que o tema da alteridade e do encontro com o outro dialoga com o momento político do país e o mundo confrontados com a polarização e a ausência de diálogo, frutos da crise da democracia.
2020-2022
EXPANDINDO LIMITES PARA SOBREVIVER À PANDEMIA
O advento da pandemia exigiu a rápida mudança de rumos e a readequação dos projetos do Grupo. Surpreendido pelo fechamento dos teatros a menos de um mês da estreia de seu novo espetáculo - “Quer ver, escuta”, uma imersão na poesia contemporâneas brasileira - os atores tiveram que rapidamente repensar em como seria possível continuar exercendo o ofício do teatro e manter as atividades do Galpão em seus quase quarenta anos de vida ativa e ininterrupta.
2023-2024
UMA VOLTA ÀS ORIGENS
Fiel a seu propósito de buscar sempre novos caminhos e desafios, o Galpão se inspira na obra de Bertolt Brecht para criar o espetáculo “Cabaré coragem”, com direção de Júlio Maciel. Em parceria com artistas como Ernani Maletta, Cida Moreira, Rafael Bacelar, o Grupo abre sua sede para uma série de experimentos cênicos.